[Resenha] #Livro 04/2018 – Colorless Tsukuru Tazaki and His Years of Pilgrimage (O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação) by Haruki Murakami

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Título: Colorless Tsukuru Tazaki and His Years of Pilgrimage (O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação)

Autor: Haruki Murakami

Editora: Knopf

Páginas: 386

Haruki Murakami é um fenômeno. Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no Japão na semana em que foi lançado, e atingindo o primeiro lugar das listas de mais vendidos ao redor do mundo, seu novo livro o coloca entre os grandes autores da atualidade.

Tsukuru Tazaki é um homem solitário, perseguido pelo passado. Na época da escola, morava com a família em Nagoya e tinha quatro amigos inseparáveis. Agora, vive em Tóquio, onde trabalha no projeto e na construção de estações de trem e namora uma mulher dois anos mais velha. Mas não se esquece de um trauma sofrido dezesseis anos antes: inexplicavelmente, foi expulso do grupo de amigos, e nunca mais os viu. Agora, ele decide revisitar o passado e reencontrá-los, para saber um pouco mais de cada um e de si mesmo. Sua jornada o levará a locais distantes, numa transformação espiritual na busca pela verdade.

O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação é um livro emocionante sobre a busca de identidade. É uma história sobre pessoas perdidas, que lutam para lidar com o desconhecido e aceitá-lo de algum modo. Como cada um de nós. (retirado do skoob).

Olá, kika here again!

Hoje eu trago para vocês o livro Colorless Tsukuru Tazaki and His Years of Pilgrimage (O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação), livro esse que como podem perceber, eu li em inglês. Eu adoro ter a oportunidade de ler livros em inglês para aperfeiçoar, mas eles costumam ser um tanto salgados no preço, motivo pelo qual, aproveitei a oportunidade de ter um vale-livro para trocar para ter esse na minha estante.

O livro “O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação” versa sobre Tsukuru Tazaki, um homem que quando na sua adolescência  fez parte de um seleto e especial grupo de amigos que tem como essência o fato de que seus integrantes possuem diferentes cores na composição de seus nomes, sendo Tsukuru Tazaki o único dos cinco a não tê-lo.

Então um dia, Tsukuru Tazaki é expulso do grupo sem grandes informações do motivo pelom qual os amigos o estavam dispensando. Este então passa a refletir sobre sua existência e os motivos que fizeram com que os amigos não quisessem mais sua companhia, o levando a diversas análises sobre si mesmo.

Sobre o fato de que cada um de seus amigos tinha uma personalidade e aparência única, assim como as cores – vermelho, azul, branco e preto – que compunham seus nomes, mas ele, ele era incolor, assim como seu nome. Um homem comum, de aparência comum, de personalidade comum. Um alguém que não chamava atenção e passava despercebido, quase como invisível. E talvez esse fosse o motivo pelo qual os amigos o teriam abandonado.

Ao viver 16 anos com a dúvida do porquê ter sido excluído, Tsukuru Tazaki desenvolve seu próprio mundo, em que vive da forma como sempre planejara, trabalhando com aquilo que sempre quis, vivendo de forma confortável no quesito satisfação com o emprego e dinheiro. Ainda assim, não havia nada que o fizesse ter certeza de suas relações interpessoais, o tornando um solitário.

Até que, provocado por uma pessoa com quem mantinha uma espécie de relacionamento pessoal, Tsukuru Tazaki resolve ir atrás das cores de seu passado, para tirar toda a história a limpo, em uma tentativa de acertar seu presente, para que pudesse enfim seguir em frente. Uma espécie de cura para o seu emocional que carrega nas cicatrizes da rejeição pelos amigos, muitos medos de relacionamentos e compromissos.

De forma única em sua narrativa, Murakami utiliza-se de construções temporais para nos trazer do presente ao passado, do real para o imaginário, nos transmitindo muito mais do que uma narrativa, mas sensações, em uma apressurada busca pelo eu. Onde o real termina e o imaginário acontece? Muitas passagens não se definem de fato. De Haida a Sara. Do preto ao branco. Do azul ao vermelho.

Antes de ler o livro de fato, li diversas resenhas, e percebi que com esse livro, raro são os casos de meio termo. Ou se gostou muito, ou se detestou. Eu, particularmente, sou um dos raros casos de meio termo.

O livro teve passagens incríveis que emocionam, muitas outras que nos fazem quesitonar o caminho pelo qual a narrativa segue, e partes muito confusas e algumas conclusões, principalmente para alguns personagens, inconclusivas.

Acredito que a leitura de um livro tenha muita a ver com a personalidade e com o momento que a pessoa está vivendo, por isso, considero essa dualidade de opniões aceitável e muito real. Ás vezes o autor consegue dialogar com seu leitor, com outros não.

No caso de Murakami, na primeira obra que leio dele, houve uma espécie de conexão especial, mas que deixou um gosto amargo de insatisfação também, de certa forma, esperei por um maior desenvolvimento dos personagens. É difícil para mim explicar.

Em todo caso, eu recomendo a leitura do livro, pois mesmo que haja insatisfação, há ainda a reflexão.

 

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